Não
me pergunte como, mas eu sempre soube. Sempre soube que o encontraria
quando ele estivesse longe de mim. Sabia que o reconheceria pelo
brilho intenso do azul de seus olhos, mas eu não sabia onde ele
estava e como encontrá-lo.
Em vão, procurei-o em muitos
olhares e não o encontrei. Eu começava a questionar minhas certezas
até que, num momento mágico de uma calma noite de domingo, os fios
que compõem as redes virtuais estremeceram num giro rápido do
destino e nossos caminhos se cruzaram. Eu só não sabia que nossas
vidas já estavam entrelaçadas e que eu, apenas eu, poderia vir a
ser a pessoa capaz de romper os fios que ligavam a minha vida a dele.
Mas será que era certo acabar com um amor tão grande por um motivo
tão fútil?
****
Durante
quase vinte anos, a solidão fora a minha única companhia. Para quem
não queria se machucar novamente, não havia companheira melhor;
pelo menos não até o dia em que ela começou a sufocar o meu
coração como a mais inofensiva rosa esconde o mais agudo dos
espinhos.
Numa atitude incerta de
libertação, lancei uma única e derradeira mensagem num site de
relacionamentos e ela surgiu em minha vida. Eu só não sabia que, de
algum modo, já estávamos ligados. Nossos destinos já estavam
entrelaçados nas alegrias e nas dores da vida. Por que então ela
insistia em rechaçar um amor tão grande movida unicamente pelo
preconceito?
Gostei deste prólogo
ResponderExcluirMuito obrigada! Fico feliz que você tenha gostado!
ExcluirAbraço,
Diana Scarpine.